sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Especial - Estacas

Uma das definições da palavra estaca é:
"segmento de um caule ou ramo que, uma vez enraizado, reproduz a planta que o originou."¹
É sem dúvida, um dos métodos mais utilizados para a reprodução de plantas. Originam-se os clones naturais. Você ganha tempo quando se comparado a propagação por germinação de sementes.
Quis reproduzir aqui um texto valioso que achei em um blog² e que consegui verificar veracidade através da minha experiência pessoal além da produção de estacas de algumas plantas citadas por ele. Com o tempo, irei complementar este post para ficar bem completo.

MÉTODO DE PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA
MÉTODO DE ESTAQUIA
Existem 3 tipos de estacas: as de ponteiro, as intermediárias e as basais, que são estacas com diâmetro muitas vezes superiores a 1 cm. Entende-se como estacas intermediárias os galhos do 2º ano de crecimento.
Este método para algumas espécies é bastante eficaz, pois reduz bastante o tempo para se chegar a um bonsai, quando comparamos com o método por sementes, principalmente para as espécies em que se pode usar estacas basais, que muitas vezes já tem o diâmetro de tronco desejado. Os melhores períodos são o início da primavera e o final do verão, para as estacas de ponteiro e intermediárias e o início do Outono para as estacas basais. Esta é apenas uma orientação geral, pois pode-se conseguir bons resultados fora dessas épocas. A seguir veja tabela contendo algumas orientações sobre a estaca ideal para cada espécie.



Espécie (nome popular mais usado)               Tipo de Estaca

Amoreira............................................................Basal
Azaléas                                                               Ponteiro
Azevinho............................................................ Ponteiro
Bordos (Acer)                                                     Ponteiro e Intermediária
Buxus (Buxinho)..................................................Ponteiro
Caliandra (Esponjinha)                                         Ponteiro
Carmona.............................................................Ponteiro
Cerejeira                                                             Intermediária
Criptoméria (Cedro Japonês)..............................Ponteiro
Eugênia                                                               Intermediária
Falso Cipreste Anão (Nanã)................................Intermediária
Ficus                                                                   Ponteiro, Intermediária e Basal
Gingko................................................................Basal
Ipê                                                                      Basal
Jasmin.................................................................Intermediária e Basal
Jacaré (Juníperus Horizontalis)                             Intermediária e Ponteiro
Juníperos em Geral..............................................Intermediária
Lingustro                                                             Ponteiro
Manacá.............................................................. Intermediária
Murta                                                                  Intermediária
Olmo (Ulmus)......................................................Ponteiro
Paineira                                                               Ponteiro, Intermediária e Basal
Pingo de Ouro (Duranta).....................................Ponteiro e Intermediária
Piracanta                                                             Intermediária
Ptecolobus......................................................... Intermediária e Basal
Romã                                                                  Ponteiro, Intermediária e Basal
Serissa.................................................................Ponteiro e Intermediária
Tuia Azul (Junípero Prateado)                              Ponteiro
Zelcowa...............................................................Ponteiro



TIPO DE SOLO
O solo ideal é a areia, mas deixa a estaca muito vulnerável a ação dos ventos, pois as estacas devem permanecer sem serem tocadas até o aparecimento de um bom nº de raízes, que garantam sua fixação. Uma boa alternativa é usar uma mistura composta de 70% de areia e 30% de terra preta.
A estaca deverá ter preferencialmente o tamanho de um lápis. O corte na sua base deverá ser inclinado (ângulo em torno de 45°) e próximo a um nó, que é o local mais favorável ao aparecimento de raízes. Para estacas mais grossas podem ser feitos dois cortes inclinados na base, sendo um deve ser maior do que o outro.
As folhas no terço inferior da estaca deverão ser removidas, preferencialmente com o uso das mãos e não com tesoura. Uma boa prática é a de deixar sempre algumas folhas para se verificar se secou ou não. Folhas muito grandes poderão ser cortadas ao meio. Se deixarmos muitas folhas na estaca ocorrerá uma perda excessiva de umidade, o que poderá comprometer o processo de enraizamento
Existem alguns hormônios que ajudam no processo de enraizamento, sendo que os melhores são os que tem como base o Ácido Indol Butílico (IBA) . Pode-se também regar as estacas com hormônios a base de Tiamina. Para as estacas basais, uma boa prática é a deixá-las com o local onde serão plantadas, mergulhadas em hormônio enraizador por ± 24 horas. Para as de ponteiro e intermediárias deveremos plantá-las o mais rápido possível, sendo que podemos fazer uso de hormônio em pó, molhando a ponta e passando no hormônio e plantando em seguida.
O recipiente em que serão colocadas as estacas, deverão ter uma profundidade suficiente para que ela fique firme (enterrar cerca de 1/3 do seu tamanho), sem contudo encostar no fundo. Uma sugestão é o uso de garrafas de refrigerante de 2 litros cortadas ao meio e furadas na parte inferior para uma boa drenagem e, por serem transparentes podemos acompanhar o processo de enraizamento. Costumo usar esse método para as estacas com maior potencial de enraizamento, pois posso deixar até o momento de fazer uma poda de raiz.
È importante manter a umidade nas estacas, e assim sendo, se não podemos borrifas as folhas pelo menos 3 vezes por dia, poderemos então fazer uso de um plástico transparente por cima das estacas, lembrando de deixar sempre alguma abertura para circulação do ar.



FONTES
¹ http://bemfalar.com/significado/estaca.html
¹ https://bonsaisbecker.wordpress.com/dicas/metodo-de-propagacao-por-estaquia/

terça-feira, 26 de julho de 2016

Bonsai de apartamento - Fabiano Batista.


Bom dia, meus irmãos na arte!
O post de hoje, de retomada rs, será sobre um assunto cada vez mais comum no mundo em que vivemos. O cultivo de bonsai em apartamento. É uma tendência mundial. Para isto separei um texto feito pelo meu amigo Fabiano Batista, fundador do grupo Bonsai Paulistano no facebook, um grande amigo a qualquer hora e que também tem o prazer de compartilhar suas experiências de 20 anos de bonsai. Ele tem inclusive livros do grande mestre John Naka autografados o qual eu já tive o prazer de ver em um dos encontros.
Vamos ao texto!

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Voltei a cultivar Bonsai, em 2014, na sacada do meu apartamento em São Paulo – SP.


Como a sacada do apartamento é bem pequena, limita muito o tamanho e a quantidade de plantas, que posso cultivar.

Estou tendo que adaptar todo meu conhecimento, para poder manter minhas plantas saudáveis e desenvolvendo, em um ambiente muito longe do Ideal, para o cultivo do Bonsai.

As principais dificuldades, estão sendo, a falta de espaço, falta de iluminação, baixíssima umidade do ar (30, 20, até 15%), muito vento, além de muito frio (para um Carioca... kkkkk).

Então, vou falar de cada uma dessas dificuldades, tentando adaptar a solução, para a realidade de muitos, que se interessam pela arte do Bonsai.

1) Falta de Espaço:

Plantar no chão, ou em uma bacia grande, é a “Dica Padrão”, que muitos “Bonsaistas Experientes”, costumam dar aos iniciantes, quando esses, postam a foto de uma muda, ou uma planta pequena.
O problema, é que “Mestres” e “Bonsaistas Experientes”, moram em Sítios, Chácaras, ou casas com quintal grande.

Eles não estão errados, ao sugerir isso!
Mas geralmente, não tem ideia das condições "desfavoráveis" que nós temos, para cultivar as nossas plantas.

Em um apartamento, ou uma casa sem quintal, o espaço é um limitador “Cruel”.
Temos que criar limites de tamanho, quantidade e espécie de plantas que iremos cultivar.

Não tem como “Engrossar Tronco”!
Não adianta quebrar o piso, que você não vai achar terra para “Plantar no Chão”.
E provavelmente, não vai ter espaço para colocar uma “Bacia de Terra”.

Sendo assim, precisamos escolher plantas, já com a espessura de tronco que desejamos.
E trabalhar somente a Copa e o Nebari.

A espécie escolhida, também é muito importante.
O tamanho da folha, influencia no tamanho da planta.
Não dá para ter um Bonsai grande, pesando mais de 50Kg, dentro de um apartamento.
Já pensou na hora replantar?

Eu resolvi cultivar Plantas com no máximo 10cm de base e 25cm de altura (Shohin)
Dava para ser um pouco maior, mas iria limitar muito a quantidade de plantas que posso ter.

2) Falta de Iluminação:

Outra “grande dica” que os iniciantes recebem, é colocar a planta para pegar Sol o dia inteiro.
Principalmente, se a planta do iniciante, for uma Conífera (ex.: Pinheiro, Junípero, Tuia).

Mas nem todo mundo tem o seu “Lugar ao Sol”, para colocar as suas plantas.

Pode ser que você tenha uma sacada, um terracinho, ou uma janela, que bate bastante sol.
Se for assim, você já tem uma grande vantagem!

Mas... e se não bater sol direto?

Eu também tenho esse problema, com algumas das minhas plantas.
Nem todas pegam Sol direto.
E essas, não crescem, ou crescem devagar e fracas.

Para suprir essa necessidade de Sol, podemos utilizar lâmpadas próprias para cultivo de plantas.
Não é difícil de encontrar.

Estou optando por utilizar LEDs, que consomem menos luz e não emitem raios UV.
Estou preparando um artigo, só sobre esses LEDs.

3) Vento e Baixa Umidade do Ar:

Mais uma “Dica Padrão”, que os iniciantes recebem:
“Tem que usar um substrato bem drenante!”

Eu estava acostumado a usar substrato “Bem Drenante”!
E foi o que eu utilizei, com as primeiras plantas que coloquei no apartamento.

Eu tinha que molhar de manhã e à noite, porque estava secando muito rápido.
E em um belo dia, eu estava com pressa e esqueci de molhar de manhã.
Quando cheguei em casa, metade das plantas estavam mortas.

Descobri que o substrato que usei por muitos anos, mesmo no calor de 40 graus do RJ, não funcionou em SP.

Coloquei um medidor de umidade na sacada e vi que nem em dias chuvosos, passa de 30%.
Isso, aliado ao Vento e vasos pequenos, fez o substrato secar muito rápido.

Em menos de 2 anos, já fiz umas 10 receitas diferentes de substrato.
Mas nesse ponto, cada um vai ter que testar o substrato, que melhor se adapta ao “Micro Clima” da sua casa ou apartamento.

A dica que posso dar, é utilizar vasos mais fundos, até conseguir encontrar o substrato ideal.

Lembre-se, que a planta precisa sentir um pouquinho de falta de água, para que as raízes cresçam, em busca de mais água.

Se ficar sempre encharcado, as raízes não crescem direito e corre o risco de apodrecerem.

4) O Frio e a Chuva:

Tem plantas que adoram o frio e a chuva.
Pode até Nevar em cima delas, que não tem problema.
Lindo...

Agora volta para a realidade!
Você mora num AP ou numa casa pequena.
Não está chovendo na sua Horta...
Digo... Não está chovendo no seu Bonsai!

O Frio e a Chuva, podem causar a falsa impressão, que não precisa molhar a planta.
E com isso, ela morre por falta de água.

Um dia frio, pode ser também muito “Seco”, fazendo com que o substrato e a planta, percam umidade rapidamente.

Cuidado redobrado.
Se estiver com a sensação que não precisa molhar hoje, pelo menos VERIFICA!

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Para complementar o que eu disse, veja os seguintes artigos, na minha página pessoal “Bonsai – Fabiano Batista”.

PARA COMEÇAR
ESCOLHER PLANTAS
SUBSTRATO
MOMENTO DE REFLEXÃO

Por enquanto, é isso Pessoal...
Quando tiver mais informações, eu atualizo o texto.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Ficus Microcarpa - Sergio Batalini

Sergio Batalini, amigo de Pontal do Parapanema - SP, nos concedeu imagens do seu trabalho com um ficus microcarpa que adquiriu em 2008. É impressionante o que ele conseguiu realizar nesta planta.
Podemos dizer que tudo depende da visão do bonsaista, transformar plantas que para alguns pode ser apenas um toco, em magníficas obras. Veja pelas fotos!
Ele também tem minha admiração pelo fato de cultivar e ser apaixonado por espécies nativas do Brasil, desenvolvendo nosso espaço e identidade no bonsai.
Conheça mais sobre Sergio Batalini em sua entrevista para a AIDO BONSAI.

Vamos ao trabalho!
Textos, legendas e fotos pelo Sergio.
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Sequência mostrando a evolução deste fícus, desde quando comprei num viveiro em 2008. Estava em uma lata de 18 litros e com mais de 2 metros de altura. Novamente tento mostrar que é possível fazer bonsai com muito pouco, sendo que o mais importante é o estudo, a dedicação e a paciência. Devemos buscar o prazer em cultivar, observando o desenvolvimento da planta e de nós mesmos.




2008 - Por segurança cortei mais alta do que eu queria e como tinha bastante raizes capilares pude reduzir o torrão, eliminando uns 80%. Em pouco tempo começou a brotar ...


2009 - Já recuperada do transplante da lata para a bacia, começou a escolha dos galhos que vão compor a futura copa.

2010 - Nesta foto vemos o toco do galho que foi retirado, eliminando aquela forquilha da 2 foto. O galho mais forte foi conduzido para ser o novo apce e melhorar a conicidade. Os galhos mais baixos foram aramados na horizontal e já comecei a estimular os galhos secundarios e terciarios...

2011 - Com os galhos principais já desenvolvidos troquei a bacia por um vaso provisório, A cicatriz do tronco que foi retirado ainda esta enorme e foi tratada e escareada constantemente.

2011 -A cada troca de substrato aproveito para alinhar melhor as raizes aereas . A copa segue forte e ramificando.

2012 - Já ficou com aspecto de bonsai, mas ainda sem muita qualidade tecnica. Com mais alguns anos a estrutura aerea ficará mais intrincada.

2013 - Foi preciso ancorar os galhos, a força da especie insistia em levantar os galhos quando estava só com os arames. Os patamares estão se formando.

2014 - Folhagem nova , muito vigor.
2014 - Alguns meses depois, folhas maduras e a cada desfolha ficando menores.

2014 - Vista por dentro... Boa conicidade, galhos bem distribuidos e ficando proporcionais.

2014 - A cicatríz foi tratada e já esta bem melhor ....A capacidade de recuperação da especie é enorme .


2015 - A copa já esta mais porporcional ao tronco, com galhos fortes e bem ramificados, Um outro vaso foi escolhido, ainda não é o ideal, mas estamos em busca de um outro.
2015 - Aqui esta o bonsai desfolhado para analizarmos a estrutura aerea e a cicatriz, acredito que em mais alguns anos ela desaparecerá e restará apenas um belo uro.

2015 - Vista de cima. Deste ponto em diante quase não preciso mais aramar, restando apenas direcionar os galhos terciarios e os ramos mais finos com podas regulares. Espero que tenham gostado.





Com toda a certeza Sergião! gostamos e agradecemos esta "aula" que pudemos ter vendo seu trabalho. Deixo meu grande abraço e meus agradecimentos.

João Pinheiro.




sábado, 19 de março de 2016

Produção de adubos orgânicos (por Sérgio Siqueira).



Passo a passo da produção de adubos orgânicos pelo nosso grande amigo e mestre Sérgio Siqueira.

Fáceis de fazer, compactos, estéticos, funcionais e naturais estas pastilhas são extremamente agradáveis as nossas queridas plantas por combinarem elementos tão importantes para o desenvolvimento e saúde do bonsai e de todas as plantas no geral.

Pela farinha de osso, obteremos muitos nutrientes minerais (formação de estrutura), fósforo (que desenvolve caules, raízes e sementes) e cálcio (evita a acidez do solo).


Já pela torta de mamona, o nitrogênio é abundante ( responsável pelo crescimento das plantas, pela produção de novas células e tecidos) e controla a umidade do solo, sua aeração e promove a recuperação de solos com baixa fertilidade.

Vamos a matéria, escrita pelo próprio amigo.

Fotos e legendas: Sérgio Siqueira.

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Material necessário: farinha de osso, torta de mamona e água.
Para cada 7 copos de torta de mamona agregar 3 copos de farinha deosso. (70% e 30%).

Preparo:
Misturar tudo numa bacia e dar a liga com água...nem muito...nem pouco...o necessário para formatar as bolotas.
geralmente essas colheres vem junto com a torta ou farinha...são dosadores...colher de sopa e chá.
apertar bem, bastante para que compacte bem.
com pequenas batidinhas faça-as sair do casulo.
vá alinhando em uma superfície que possa ser movida de lugar.
quando pronto, deixe secar, esturricar ao sol...por uns cinco dias. retire à noite para não pegar serêno.
após seco guarde em lugar seco e fechado.

Modo de usar:
Coloque as bolotas viradas como secaram no vaso com uma distância entre elas de uns 10 cm. a quantidade dependerá do tamanho do vaso...lembrem-se que adubação orgânica não causa super dosagem. retire e recoloque a cada dois meses.
na recolocação tente não colocar nos mesmos lugares para que o vaso todo receba a adubação. tenho certeza que vocês terão resultados positivos e seguros.
boa sorte.

Material necessário.

7 copos de torta para 3 de farinha. cuidado para não inverter.

Misturar bem.
Água o necessário para dar a liga.
Mistura pronta.
Um a um apertar bem para não desmanchar depois quando regados.
Apertar bem.
Pequenas batidinhas na mesa.
Elas caem.
Bora trabalhar.

Molhar a pazinha de vez em quando... que nem com sorvete de massa.

Duas horas depois, escutando um bom som e tomando um chá gostoso.

**Dica do mestre: Neste momento ao ser questionado se tal mistura, muda muito o PH do solo, o mestre responde: "Acidifica um pouco, por isso quando coloco num junípero...sei que depois terei que alcalinizar o solo mais à frente e faço questão de retirar os pelets não deixando que eles dissolvam no solo...mas se for azaléa, mirtáceas e outras em geral...deixo correr solto, pois é isso que elas gostam...solo ácido..."
Primeira fornada pronta pro sol... servidos?
Secar, torrar, esturricar ao sol...e estão prontos para serem usados.
Flores da Pitangueira do mestre.
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Finalizo agradecendo ao nobre amigo por mais uma contribuição ao nosso blog.
Lembrando que no próximo final de semana, acontecerá a 43º exposição de bonsai no Jd. Botânico de São Paulo. Quem puder ir, não se arrependerá! Além de poder ver de perto o trabalho de nossos amigos bonsaistas como o Sérgio Siqueira, Mizuno, Regina Suzuki, Dóri entre outros, poderá comprar vasos do Izumi e de outros artistas, plantas e bonsai de boa procedência e em geral por preços justos.
Grande abraço, até a próxima.


João Pinheiro.


quinta-feira, 3 de março de 2016

O Tokonoma.




Recentemente, nosso amigo Cézar Augusto, um dos responsáveis pela atual difusão da arte em Sorocaba e proprietário da Bonsai Sorocaba, publicou os elementos do Tokonoma em sua página no facebook.

Quem nunca se encantou em ve-los em filmes japoneses ou por exemplo no Ibirapuera?





Entenda alguns elementos que compõe um Tokonoma (estrutura mais nobre da sala de chá japonesa) ou uma exposição de Bonsai.

1 - Kakemono (representa o céu) = é um rolo vertical, onde é apresentada uma poesia, um provérbio, ou uma pintura retratando uma paisagem.

2 - Kusamono (representa a terra) = plantas que podem ser apresentadas individualmente, mesmo sem bonsai devido a maturidade adquirida.(São ervas, flores, musgos, gramíneas e outras plantas colocadas em vasos irregulares, pedras ou troncos secos.)

3 - Bonsai (representa a harmonia entre céu e a terra) = Árvore em miniatura, cultivada em um vaso ou em pequenos recipientes. É uma expressão artística da natureza, cujo grau de beleza depende do cuidado dispensado por seu cultivador.

4 - Shoku é a mesa que se usa para colocar o bonsai em cima e dar-lhe assim uma posição de destaque.



Agradeço ao Cézar a autorização para reproduzir o artigo em nosso blog. Abraços!